Meus amigos e minhas amigas, uma discussão
recorrente no burburinho campolimpense
é sobre a redução das passagens. Uns dizem que foi bom, outros que nem tanto.
O "Xis da Questão" está em saber o que
pensam os verdadeiros beneficiados, mas, como é impossível conversar com os
mais de vinte mil usuários, façamos alguns exercícios matemáticos.
Imaginemos um casal, que trabalhe de segunda a
sexta-feira, e utilize duas passagens por dia cada um. No final do mês esse
casal economizou cerca de R$96,80 com a redução do preço do ônibus. Se
considerarmos que esse casal ganha cerca de R$1.500 mensais, essa economia
representa quase 7% do ganho mensal deles, ou uma cesta básica de boa
qualidade, ou mesmo a mensalidade de um convênio médico para os filhos, ou
quatro entradas para o cinema, ou simplesmente, um dinheirinho que porá carne
no prato de todos por alguns dias.
Imaginemos agora um empresário, com cerca de cem funcionários.
Esse empresário economizará cerca de R$220 por dia, ou cerca de R$4.840 por
mês. Essa economia pode representar melhores reajustes salariais, melhores
condições de trabalho, mais investimentos no negócio ou mesmo opções de lazer
para os funcionários.
O importante numa conquista como a redução da
tarifa de ônibus para R$1,90, não é apenas o cumprimento de um compromisso de
campanha, vai muito além disso.
Os efeitos duplicadores disso são inúmeros, pois
junto com economia de custos que já se contava como certo e essencial, se
refletem, de forma substancial, em toda a economia de uma cidade, fazendo
circular no comércio, nos serviços e pequenas indústrias, um montante
financeiro que antes ia direto aos cofres de uma única empresa.
Se considerarmos que mais de vinte mil pessoas
utilizam o transporte público diariamente, esse montante que volta para a
economia da cidade pode chegar a mais de R$1.320.000 por mês. Será que isso é
pouco?
O mais intrigante nas palavras daqueles que sempre
vem o "copo meio vazio", é que, mesmo não utilizando cotidianamente o
ônibus na cidade, insistem em dizer a esses milhares de campolimpenses beneficiados por essa redução, que isso só traz
prejuízos à cidade. Além disso, criam teorias conspiratórias do governo contra
o povo, mesmo sabendo que "joio não é trigo" insistem em por tudo no
mesmo balaio imaginário de denúncias sem provas, golpes e supostas superfaturas,
tão tangíveis quanto seus sonhos de poder.
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