Meus amigos e minhas amigas, a nossa cidade ainda
tem muitos problemas. Ainda há muito trabalho para o novo governo e o setor da
saúde é sem dúvida o de maior demanda.
Lamentavelmente, o problema da saúde não é
exclusividade de Campo Limpo Paulista.
Isso é mais uma das incontáveis unanimidades
nacionais, pois mais de 95% dos municípios brasileiros são afligidos por essa
doença, com perdão do infame trocadilho.
Faltam médicos dispostos a doar-se (mesmo que “doa-se”
a eles ótimos salários) à causa da saúde pública e mesmo que todas essas
"doações" acontecessem, não haveria estrutura para absorvê-las.
A reforma do setor de saúde em Campo Limpo Paulista
também vem sendo realizada de forma metódica, ao menos é o que foi entendido
durante a Conferência Municipal realizada no dia 20 de agosto. Porém,
infelizmente, nem tudo o que é feito tem resultado instantâneo e mesmo com muita
vontade e poucos recursos, a população ainda sente na pele as agruras da falta
de médicos e de estrutura, por isso têm-se a impressão de que poucas mudanças
aconteceram.
É óbvio que um governante tem que, por interesse ou
por inteligência, ouvir e adequar sua gestão às necessidades apontadas pelo
próprio povo, é aí onde ancora-se a inegável ação efetiva da atual administração
na luta para "arrumar a casa", mesmo que isso signifique apenas
seguir o fluxo natural apontado por essas demandas, pois isso por si só,
já restaura a perspectiva de avanços concretos no setor.
O "Xis da Questão" está em se descobrir o
porquê que a expectativa gerada em torno da excelência dos serviços de saúde
não foi correspondida quando tivemos dois especialistas da área administrando a
cidade por dezesseis anos. Ou será que todos os problemas do setor foram
criados em apenas oito meses?
Em tempos de estiagem financeira é que destacam-se
os bons governos, pois, aplica-se o que se deve e administra-se da melhor forma
possível e, apesar das inúmeras dificuldades, isso vem acontecendo.
É claro que o caminho é longo e é claro, também,
que um governo eleito sob a égide da esperança do povo de que dias melhores
virão, deve ter consciência da sua responsabilidade quanto ao árduo trabalho de
se reconstruir a cidade e manter viva essa esperança, o que também acredito
estar acontecendo.
Como disse outras vezes, nesse momento é mais
importante estar no rumo certo do que debater culpas e dolos, ou por ansiedade,
atropelar o vital e necessário processo de reconstrução.Texto publicado na Coluna "O Xis da Questão", página 2, Jornal O Pêndulo - Campo LImpo Paulista edição 917 de 30 de Agosto de 2013.
http://opendulo.com.br/v2/edicao.php?edicao=917