sábado, 4 de maio de 2013

A IDEOLOGIA É MORTA?

As ideologias foram o motor de arranque que fez sair do marasmo da alienação milhões de jovens pelo mundo afora e fez aflorar sentimentos de revolta e de inconformismo.
As ideologias criaram filosofias, técnicas de gestão e embasava a esperança e as perspectivas de um futuro melhor através de novas formas de gerir o bem público.
Ter uma ideologia era a certeza de fazer parte de possíveis mudanças que poderiam fazer do mundo um lugar melhor para se viver, era ter algo em que acreditar e por que lutar.
E os ideologistas lutavam, muitos até morreram por sua ideologia, pois sempre se acreditou que a ideologia tinha o mais nobre dos papéis na política, ao se tornar a fronteira entre objetivos pessoais e coletivos, daí a suma importância da sua perpetuação.
Diante disso, quando vimos surgir alianças de partidos fundados com ideologias completamente antagônicas, estamos vindo surgir o império do objetivo pessoal em detrimento ao bem comum, pois como pode um carro andar com o freio de mão puxado?
Hoje vimos surgir o reinado da centralização. 
Não existe mais esquerda ou direita, existem centro-esquerda e centro-direita. 
Cada qual com seu "projeto", concebido sob bandeiras furtivamente absorvidas de ideologias de outrora e idealizados sob a égide de certezas filosofadas por décadas a fio.
Infelizmente, alianças deveriam unir semelhanças na política, pois nela não há como unir a água e o óleo, pois jamais agirão juntos e, então, puxarão a "brasa para sua sardinha". Sendo assim, onde ficará o bem comum?
Pois é, a ideologia agoniza, afundada no lamaçal dos interesses e da corrupção da alma daqueles que a pregam apenas como ferramentas nas eleições.

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